#13 Quem compete comigo, perde
e deveria ser assim contigo também
Eu não faço ideia de onde eu li a frase “quem está preocupado com a concorrência já perdeu", mas eu gostei tanto que escrevi em um post-it e colei na parede a minha frente.
Sim, é quase impossível viver em um mundo sem comparações e concorrência, e acho que desde que o mundo é mundo sempre tem alguém pensando que a grama do vizinho é mais verde, é as vezes é mesmo, mas isso não deveria nos interessar.
Se você está sempre olhando para o concorrente, para o criador de conteúdo do seu nicho que tem mais seguidores, para o influenciador que a princípio fecha muitas publicidades e ostenta nas redes, para o vizinho que trocou de carro, para o “novo” canal no YouTube que mal postou o primeiro vídeo e já está monetizando, para a prima que está na Europa…apenas pare.
Sabe por que quem compete comigo, perde? Porque eu não estou competindo com essa pessoa de volta, porque eu não estou competindo com ninguém na verdade.
Não existe competição quando apenas uma pessoa compete com a outra.
Não me entenda mal, eu sou competitiva, já fui escoteira e queria todos os distintivos, já joguei futsal pelo time da escola e também pela universidade, era a aluna que queria tirar 10 na escola para “ser a melhor”, trabalho desde sempre em vendas, crio conteúdo em múltiplas redes e estou exposta a comparações frequentes.
Eu apenas compito comigo, e ainda torço e ajudo outros a chegarem nos seus objetivos. É da minha natureza ser assim.
E entender isso foi libertador mesmo eu sabendo que a competição comigo mesma é nível altíssimo rs.
E você deveria pensar em fazer o mesmo.
Somos desconhecidos
É impossível saber através de postagens, stories e vídeos no YouTube como é a vida da outra pessoa, quais os valores que regem a vida dela, quais são as ambições, as preocupações, as ajudas que ela teve, qual a qualidade das suas relações, se ela tem dívidas e mal dorme direito, se tem problemas de saúde, se mal fala com os pais e toma remédio para dor ou se tudo é realmente perfeito mesmo e ela “zerou a vida”.
Não se esqueça que nós vivemos na era da inveja!
As pessoas ganham dinheiro fazendo você invejar e querer o que elas têm, mesmo que você não precise.
É aquela famosa frase:
“Compramos coisas que não precisamos com dinheiro que não temos para impressionar pessoas que não gostamos” (Robert Quillen)
Ou ainda em tempos de internet:
“Postamos conteúdo que não é nosso por curtidas que não são reais para impressionar pessoas que não conhecemos”
Muitas vezes você está entrando em uma competição unilateral.
Você se desafia a ter mais seguidores que o Fulano, a ler mais livros que o Ciclano e a viajar mais que o Beltrano.
E o Fulano, Ciclano e Beltrano nem te conhecem, só pensam em serem melhores do que eles foram ontem e focam energia apenas em seus projetos, pois afinal, quem ta preocupado com a concorrência, já perdeu.
Claro, é válido acompanhar o que estão fazendo, aprender com os erros e acertos dos outros, mas pautar o seu sucesso sem conhecimento de contexto é uma furada tremenda.
Faça por você
Toda vez que você for começar um projeto, faça porque você gosta, porque será divertido, porque você quer aprender com o processo.
Não faça porque estão falando que você precisa criar um canal no YouTube, correr meia maratona, escrever para uma newsletter, postar 3x por semana no LinkedIn e manter um Instagram e TikTok sempre atualizado.
Se você não gosta desse tipo de exposição e está fazendo por pressão, você logo vai começar a ficar ansioso, desanimado e vai se sentir perdido.
Você pode, sim:
escrever e não publicar
Ler um livro e não compartilhar
gravar vídeos lindos e apenas deixar no celular
criar conteúdos e apenas compartilhar com pessoas específicas ou de forma anônima
compartilhar suas viagens, frases e rotina com amigos e família através de um perfil fechado ou mensagens diretas
Somos pessoas diferentes, com interesses diferentes, histórias diferentes e sonhos diferentes.
Não é porque o seu colega de trabalho faz, que você precisa fazer.
Faça por motivos que são seus.
Não entre em competições que não te cabem.
Aceite perder apenas para você e fique P da vida por isso!
Todo mundo já deve ter lido ou escutado que “a meta é ser melhor que ontem, não melhor que ninguém", mas entre ler/escutar e compreender e internalizar tem uma graaande diferença.
Por isso, neste começo de mês, faça o seguinte exercício:
Pense nas pessoas que você acompanha rotineiramente. Aquela que você não está fazendo nada e vai lá e abre o perfil dela…
Anote num papel porque você acompanha essa pessoa. O quanto é comparação e o quanto é inspiração?
Quais são os seus projetos e objetivos pessoais? Porque você tem eles? Da onde surgiram?
O que você fez nesses 3 meses e o que fará nos próximos 3 meses para atingir esses seus objetivos?
Tenha o plano do que fazer pra atingir os seus objetivos e siga todos os dias. No longo prazo a constância é maior que intensidade.
Anote em um post-it e deixe visível: “quem ta preocupado com a concorrência, já perdeu”
Não olhe para a concorrência.
Não entre em competição com desconhecidos que não dão a mínima para a sua existência.
Tenha seu plano claro e sinta-se frustrado caso você não tenha cumprido o que você se comprometeu com você mesmo.
O jogo da vida é você com você.
Uma pequena reflexão verdadeira para este dia da mentira.
Post de utilidade pública.
A comparação é o ladrão da felicidade!
Fernanda, obrigada por esse post, por sua reflexão e por compartilhar seu pensamento conosco. Sua mensagem vem em um momento importante para mim, quero e estou iniciando um projeto que tem tudo pra ser grandioso, mas tenho entrado nesse modo de comparação/competição com outros profissionais (a grama deles parece mais verde e pronta que a minha) e isso está me gerando ansiedade e paralisia, nao consigo focar para começar com o "basico bem feito". Mas vou agora escrever a frase que vc trouxe aqui num post-it porque ao lê-la no início do seu texto já me pegou fundo!